O Ibovespa, principal índice da bolsa, recuou 1,85%, a 47.694 pontos.
Petrobras caiu mais de 11% e perdeu R$ 13,9 bilhões em valor de mercado.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa nesta quarta-feira (28), pressionada pela divulgação do balanço não auditado do terceiro trimestre de 2014 da Petrobras. Sem incluir perdas por denúncias de corrupção, como era esperado, o relatório desagradou investidores.
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa paulista, recuou 1,85%, a 47.694 pontos. Veja a cotação.
A Petrobras fechou em queda, com perda de 11,21% das ações preferenciais, cotadas a R$ 9,03, e de 10,48% das ordinárias, a R$ 8,63. Mais cedo, os papéis da estatal chegaram a perder quase 12% .SIGA EM TEMPO REAL.
A baixa da Petrobras desta quarta foi a maior desde outubro de 2014, segundo dados da Economatica. A empresa perdeu R$ 13,9 bilhões em valor de mercado no dia.
Assim como outras empresas que têm ações negociadas na Bolsa, a Petrobras tem papéis ordinários e preferenciais. A diferença é que as ações ordinárias dão ao acionista poder de voto em assembleias, enquanto as preferenciais dão prioridade na distribuição de dividendos, porém sem direito a voto.
A baixa da Petrobras desta quarta foi a maior desde outubro de 2014, segundo dados da Economatica. A empresa perdeu R$ 13,9 bilhões em valor de mercado no dia.
Assim como outras empresas que têm ações negociadas na Bolsa, a Petrobras tem papéis ordinários e preferenciais. A diferença é que as ações ordinárias dão ao acionista poder de voto em assembleias, enquanto as preferenciais dão prioridade na distribuição de dividendos, porém sem direito a voto.
"Esse balanço certamente vai impactar de forma negativa nos mercados, porque ele não mensura o que estava faltando [referente às denúncias] e contraria o que a própria Petrobras havia sinalizado anteriormente [de que as perdas seriam incluídas]", disse o economista Jason Vieira.
No último dia 21, a estatal disse que poderia incluir no balanço possíveis perdas resultantes das denúncias de corrupção investigadas pela Operação Lava Jato. A divulgação do resultado patrimonial já foi adiada por duas vezes.
Embora não tenha efetivamente reduzido o valor de seus ativos, a Petrobras apresentou um cálculo indicando potenciais baixas contábeis de mais de R$ 60 bilhões nos empreendimentos cujos contratos tiveram sobrepreço das obras.
Juntas, as ações preferenciais e ordinárias da petroleira têm participação de 8,3% na carteira do Ibovespa válida para esta quarta-feira, informou a Reuters, fazendo dos papéis a maior pressão negativa sobre o índice.
Para o analista da Gradual Investimentos Paulo Cabral Bastos, o balanço, da forma como foi divulgado, não tem credibilidade. "É muito ruim para o mercado, uma vez que se esperava que compras superfaturadas e outras irregularidades fossem contabilizadas".
Bastos diz que a divulgação do balanço serviu mais para a estatal não se complicar com os credores internacionais e ter condições de arrolar sua dívida, do que para tranquilizar os investidores.
Bastos diz que a divulgação do balanço serviu mais para a estatal não se complicar com os credores internacionais e ter condições de arrolar sua dívida, do que para tranquilizar os investidores.
Analistas esperavam que a divulgação do balanço da Petrobras tirasse uma boa dose de incerteza do mercado. Mas a estatal disse ter concluído "ser impraticável a exata quantificação destes valores", alegando que pagamentos não poderiam ser rastreados em seus registros contábeis.
"Isso é bastante frustrante, dado que todos esperavam por estes números para ter um algum dimensionamento das perdas e do valor dos ativos da empresa", afirmaram analistas da Planner em relatório, segundo a Reuters.
Além da situação delicada da Petrobras, também repercutiu nos mercados brasileiros a percepção de que o ajuste fiscal comandado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, terá que passar por rodadas de negociação antes de ser colocado em prática.
Além da situação delicada da Petrobras, também repercutiu nos mercados brasileiros a percepção de que o ajuste fiscal comandado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, terá que passar por rodadas de negociação antes de ser colocado em prática.
"Não será fácil, e os mercados vão precificando isso, após semanas de maior euforia e otimismo. Começamos a ouvir críticas às mudanças, à medida que os ajustes são anunciados", disse à Reuters a corretora Guide Investimentos.
Ações de bancos como Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco seguiram a Petrobras entre as maiores pressões negativas do Ibovespa do dia, além da companhia de educação Kroton.
A construtora e incorporadora PDG Realty perdeu 5%, com o mercado ainda pessimista sobre as perspectivas para seus resultados.
No cenário internacional, todos os olhos se voltavam para a decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve, no final da tarde.
O dólar fechou em alta nesta terça. mas se manteve abaixo do patamar de R$ 2,60 pelo 5º pregão seguido, com investidores aguardando a decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano, em busca de sinalizações sobre quando a taxa de juros começará a subir na maior economia do mundo. A moeda norte-americana avançou 0,25%, a R$ 2,5769 na venda.
O dólar fechou em alta nesta terça. mas se manteve abaixo do patamar de R$ 2,60 pelo 5º pregão seguido, com investidores aguardando a decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano, em busca de sinalizações sobre quando a taxa de juros começará a subir na maior economia do mundo. A moeda norte-americana avançou 0,25%, a R$ 2,5769 na venda.
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