O Governo de Sergipe decretou situação de emergência no início da noite desta segunda-feira (11) na Grande Aracaju que estão afetados com a falta de água, devido a queda de uma ponte que provocou o rompimento da tubulação de duas adutoras do São Francisco no sábado (9). De acordo com o IBGE, cerca de 912 mil pessoas moram nos quatro municípios. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Governo que adiantou que o decreto vai ser publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (12). Também vai ser divulgado no Diário o decreto que suspende as aulas da rede pública de ensino.
Desta forma, o Governo do Estado vai fazer a reconstrução da adutora e os serviços de atendimento à população com a ajuda do Governo Federal. Segundo o diretor da Defesa Civil Estadual, José Mendes, todas as providências burocráticas foram tomadas para que a verba da União chegue a Sergipe de forma imediata.
Os gestores traçaram um plano emergencial buscando alternativas para solucionar o problema. De acordo com o presidente da Deso, as obras estão aceleradas, e com a finalização da obra emergencial, 80% do abastecimento de água da Grande Aracaju será restabelecido. Até a conclusão da obra, um sistema de rodízio será implantado, para que nenhum bairro fique sem água por mais de 24 horas. Para isso, Aracaju e as cidades da Região Metropolitana foram subdividas em 15 setores e os 30% restantes de água sejam distribuídos da melhor forma possível.
“Até sexta-feira (15), essa adutora emergencial estará pronta. Por enquanto vamos fazer um processo de remanejamento de distribuição. Não adianta fazer uma tabela fixa do rodízio, pois é um problema muito complexo. A tabela vai ser dinâmica e nossos técnicos vão avaliar a situação a cada momento. A ideia é que cada bairro fique com água durante 24h e outras 24h sem. Muitos bairros abastecidos pelo Sistema Cabrita serão menos prejudicados, no caso, a Zona Sul e Zona de Expansão, pois o Sistema Cabrita é totalmente independente. A Zona Norte vai sofrer mais, pois recebe a água da tubulação rompida”, disse Carlos Melo, presidente da Deso.
"A circunstância é gravíssima, mas posso dizer que essa é uma fatalidade que infelizmente aconteceu. Me solidarizo com a equipe da Companhia e tenho certeza que o desabastecimento será mínimo, diante o tamanho da gravidade. As Unidades de Saúde e as escolas foram priorizadas, faremos um estudo para saber quanto temos de água nos reservatórios", revelou o prefeito de Aracaju, João Alves Filho.
Rivanda Batalha, prefeita de São Cristovão, destacou a união dos municípios na tentativa de solucionar o problema de abastecimento. “Os municípios estão juntos para buscar uma solução para esse problema que afeta toda a Grande Aracaju”, explicou ela.
O Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT) e o Exército já foram mobilizados também para atuar, e a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen) está colaborando. De acordo com Belivaldo Chagas, o Governo do Estado está se mobilizando com todos os seus órgãos. "Se houver necessidade de mobilizar maquinário e pessoal do Exército, que está trabalhando naquela região, eles já se colocaram a disposição também. Todos estão a postos e com boa vontade para que a gente diminua o sofrimento no decorrer dessa semana", afirmou.
Carros pipa e prestação de serviços
As causas da queda da ponte e do rompimento da adutora ainda são desconhecidas. Durante reunião realizada hoje ficou definido que será criada uma comissão para analisar o fato. "A ponte é do Governo Federal e as tubulações passavam lá há bastante tempo. O Governo do Estado, juntamente com o Federal, vai montar uma estrutura para apurar o ocorrido e o porquê da ruptura da estrutura. Acho que, neste momento, temos que concentrar esforços para achar uma solução emergencial para 1 milhão de pessoas da Grande Aracaju", relatou Carlos Melo, diretor da Deso.
O Tenente-Coronel Mendes, diretor do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil de Sergipe, disse que ainda é muito cedo para afirmar as causas do desabamento. “O nosso objetivo atual é trabalhar com as ações emergenciais para garantir o reestabelecimento de água para a população afetada. As causas serão apuradas, o que é um procedimento normal diante de um desastre desse porte, porém serão levantadas em um momento oportuno”, disse.
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